26/10/2016

* 2016 - Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes

Dia 27 de outubro, é celebrado no Brasil o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes. A anemia falciforme é a doença hereditária mais comum no Brasil, sendo prevalente em afrodescendentes, entretanto, sendo o Brasil um país miscigenado, a doença tornou-se um problema de saúde pública.
De acordo com a hematologista da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Clarisse Lobo, garantir a qualidade de vida é fundamental, pois os pacientes com doença falciforme apresentam sintomas por toda a vida. “Desde a primeira infância ocorrem anemia e icterícia. As dores ósseas são a maior causa de ida ao hospital, entretanto, é a propensão às infecções que pode colocar em risco o indivíduo ainda não diagnosticado”, relata.
Dentre as principais complicações, destacam-se, crise de dor muscular nos braços, pernas e articulações, no tórax, abdômen e costas; icterícia; infecções, como pneumonia; anemia crônica; síndrome “mão-pé”, inchaço e dor nos ossos das mãos e dos pés; acumulo de sangue no baço. De acordo com dados divulgados pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde em 2010, no Brasil nascem por ano aproximadamente 3.500 crianças com a doença falciforme, sendo os estados com maior número de casos Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
No mundo, estima-se que um total de 300 mil crianças/ano nasçam com a doença (OMS). A doença falciforme se manifesta na maioria das vezes após os seis meses de vida do bebê sendo a principal forma de diagnosticá-la o “Teste do Pezinho”. Atualmente, dos 27 Estados brasileiros, apenas 17 realizam este tipo de exame logo após o nascimento.

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