12/03/2016

* 2016 - Síndrome de estresse tibial é frequente em atletas de corrida

Joaquim Reichmann, 
médico ortopedista e traumatologista
Se você está iniciando carreira esportiva com corridas de médias e longas distancias, é preciso estar atento para os sintomas da síndrome do estresse tibial – popularmente conhecida como "canelite". O problema é caracterizado por uma inflamação ao longo do lado interno do osso da tíbia (região da canela) e, geralmente, é comum em corredores principalmente em quem está iniciando a atividade. 
O médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, explica que esse tipo de lesão causa dor contínua e restrita num determinado ponto. "Quando isso acontece, a recomendação é evitar a corrida. Se a pessoa sentir dor ou sensibilidade na região e, se o alongamento alivia esse desconforto, é menos provável que seja uma fratura".
Segundo o médico, a dor na canela normalmente está relacionada ao impacto repetido da corrida, que gera microtraumas nessa parte do corpo. Mas existe também uma série de outras possíveis causas, como fraqueza dos músculos da perna, calçados esportivos inadequados ou com muito tempo de uso, treinamento sem orientação, sobrecarga de treinos e alinhamento inadequado dos membros inferiores: pés supinados (quando o atleta apoia mais a parte de fora dos pés ao correr) ou pronados (quando apoia mais a parte de dentro).
No caso de inflamação na região da tíbia, a dor é sentida quando a pessoa estende os dedos e realiza exercícios de impacto contra o solo. "Fisiologicamente, isso é uma inflamação nos tendões ou músculos da área. A dor piora gradualmente durante a corrida, porém, em alguns casos, melhora quando o corpo está bem aquecido, mas retorna no final do exercício. Há casos que a dor melhora assim que a corrida termina", enfatiza Reichmann.
Como forma de prevenção, Reichmann orienta o seguinte: dosar bem o programa de corrida (distância, frequência e duração); em caso do aparecimento de sintomas, procurar um ortopedista especializado na área esportiva para fazer o diagnóstico e o tratamento adequado; seguir o programa de reabilitação conforme orientação médica; aplicar gelo, hidroterapia e exercícios de flexibilidade, resistência e força muscular, pois contribuem para a recuperação do atleta; usar tornozeleiras e calçados com amortecedores para  diminuir os riscos de fraturas de estresse.
Fonte do texto:
Blog Comportamento Saudável http://comportamentosaudavel.blogspot.com.br/

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