29/07/2010

* 2010 - RBS DEBATE - 160 ANOS BLUMENAU

No dia 28 de julho realizou-se o debate RBS 160 anos Blumenau, no Teatro Carlos Gomes, com o tema: "Segurança Pública em Blumenau". O apresentador e reporter da RBS Joelson dos Santos esteve a frente do debate. Convidou o palestrante Luiz Fernando Oderich para falar da Ong "Brasil Sem Grade" e da Segurança do Brasil (ou melhor da insegurança do Brasil). Luiz Fernando Oderich é empresário e diretor da Max Metalúrgica Ltda. É formado em direito e administração; pós graduado em Marketing pela ESPM. Em 2002, após o assassinato de seu filho Max Fernando de Paiva Oderich junto com um grupo de amigos e sua esposa, fundaram a ONG Brasil sem grades, com o intuito de  enfrentar as causas da criminalidade. Mais informações acesse: http://www.brasilsemgrades.org.br/
O salão do teatro Carlos Gomes recebeu na noite do dia 28 de julho numa 4ª feira um expressivo grupo de pessoas que buscam soluções para que nossa cidade volte a ser palco de tranquilidade.
Maria Helena Mabba presidenta da ABLUDEF e sua vice-presidenta Evanilde Severino, com as assistentes sociais Dalva Day e Tânia Regina Moraes, o advogado da entidade Drº José Monarin, foram ao debate demonstrando muita preocupação com o grande indice de homicidio que a nossa cidade contabilizou neste semestre.

 O livro de Luiz Fernando Oderich "Sangue, Suor e Lágrimas", diponível para os interessados  foi adquirido por muitos participantes. Leitura de interesse de toda a sociedade .

27/07/2010

* 2010 - Posse do CONCIBLU


No dia 26 de julho oficialmente tomaram posse os membros do Conselho da Cidade de Blumenau - CONCIBLU, às 9h no Salão Nobre da Prefeitura. Imediatamente após o ato de posse, foi realizada a 1ª reunião que teve como pauta a eleição do presidente, do vice-presidente e da secretária.

Presidente: Adílson Baher - Conselho de Desenvolvimento da Itoupava Central

Vice-Presidente: Jorge Strehl - Sindicato da Indústria da Construção de Blumenau (Sinduscon)

Secretária: Sônia Suzete Roese – Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB)
O regimento interno e o calendário de reuniões, ficou para ser decidido e aprovado , após leitura dos membros e terão que ser enviados qualquer mudança no prazo de 15 dias para a secretária do CONCIBLU , sendo que no dia 14 de setembro será feita a reunião para aprovação do regimento interno e o calendário.

SEMUS TITULAR – MARIA HELENA MABA FMD   -  SUPLENTE – SERGIO VIEIRA GALDINO

ABLUDEF TITULAR – DALVA DAY   -   SUPLENTE – MARCELO R. CAMPOS



ABLUDEF TITULAR – EVANILDE SEVERINO   -    SUPLENTE – TANIA R. MORAES

O Conciblu é um órgão colegiado permanente, de caráter deliberativo e consultivo, vinculado ao Gabinete do Prefeito de Blumenau. Seu objetivo é acompanhar e analisar a aplicação dos recursos públicos e propor medidas para a concretização das políticas públicas municipais.


O órgão é formado por quarenta e dois membros, e seus respectivos suplentes, do qual fazem parte 14 conselheiros governamentais das três esferas de governo. Integram também o Conciblu associações de moradores, sindicatos, conselhos profissionais, entidades e organizações ligadas à educação, segurança, saúde, mobilidade urbana, meio ambiente e assistência social.

COMISSÃO ELEITORAL DO CONSELHO DA CIDADE  DE BLUMENAU -  CONCIBLU

Aos dezessete dias do mês de junho de dois mil e dez, às quatorze horas, reuniram-se na Diretoria de Planejamento Urbano, no paço municipal, os componentes da Comissão Eleitoral para Análise da Documentação das Entidades Não Governamentais Interessadas em Compor o CONSELHO DA
CIDADE DE BLUMENAU – CONCIBLU.

Após a analise da documentação apresentada pelas trinta e uma entidades inscritas, conforme Edital nº 019/2010, a Comissão decide pela homologação das seguintes entidades:

1. Representantes das Sociedades Organizadas e dos Movimentos Sociais:

1.1. Representantes das Associação de Moradores:

a) Região 1 e 2: Associação de Moradores dos Loteamentos Jardim Márcia e Residencial Atlanta;

b) Região 3 e 4: Associação de Moradores do Loteamento Bandeirantes e Adjancências;

c) Região 5 e 6: Associação de Moradores e Amigos da Rua Frei Estanislau Schaette;

d) Região 7 e 8: Associação de Moradores da Rua Santa Terezinha e Transversais.

1.2. Representantes de entidades ou organizações ligadas a Educação:

a) Associação dos Clubes de Caça e Tiro de Blumenau.

1.3. Representantes de entidades ou organizações ambientalistas:

a) IDHB – Instituto Dr. Hermann Blumenau;

b) Exitus de Desenvolvimento e Fomento do Terceiro Setor;

1.4. Representantes de entidades ou organizações ligadas a área de mobilidade urbana:

a) ABC – Associação Blumenauense Pró-Ciclovias.

1.5. Representantes de entidades ou organizações ligadas à defesa de pessoa portadoras de deficiência:

a) Associação Blumenauense de Deficientes Físicos - ABLUDEF

1.6. Representantes de entidades ou organizações ligadas a área de direitos humanos:

UNIBLAM – União Blumenauense das Associações de Moradores.

1.7. Representantes dos movimentos de defesa de segurança urbana:

a) Conselho Comunitário de Segurança Centro/Escola Agrícola e Região.

1.8. Representantes de entidades ou organizações de assistência social com inscrição no Conselho de Assistência Social:

a) Associação de Senhoras de Rotarianos - Casa da Amizade de Blumenau;

b) Sociedade Beneficente Arnoldo Hadlich – Centro de Educação Infantil Pérola.

1.9. Representantes de entidades ou organizações ligadas à saúde:

a) Seconci – Serviço Social da Construção de Blumenau;

b) UNIMED de Blumenau – Cooperativa de Trabalho Médico.

2. Representantes dos Sindicatos, dos Profissionais de Classe e das Entidades Financiadoras e Produtoras do Espaço Urbano:

2.1. Representantes do sindicato patronal:

ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE BLUMENAU

a) Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau;

b) Simpeb – Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau;

c) Sinduscon/Blumenau – Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário de Blumenau;

d) Secovi – Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais de Blumenau e Região.

2.2. Representantes dos sindicatos dos trabalhadores:

a) Sintrafite - Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias de Fiação e Tecelagem de Blumenau.

2.3. Representantes dos conselhos profissionais:

a) OAB/SC – Ordem dos Advogados do Brasil – subseção de Blumenau;

b) CREA/SC – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina – Inspetoria de Blumenau;

c) CRECI – Conselho Regional dos Corretores de Imóveis da 11a Região.

2.4. Representantes das entidades financiadoras e produtoras do espaço urbano:

a) ACIB – Associação Empresarial de Blumenau;

b) AMPE – Associação das Micro e Pequenas Empresas de Blumenau;

c) CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas de Blumenau.

2.5. Representantes de entidades ligadas ao Planejamento Urbano:

a) IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil – Blumenau/SC;

b) AEAMVI – Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Médio Vale de Itajai;

c) Conselho de Desenvolvimento da Itoupava Central.


MEMBROS DO CONCIBLU

A) GOVERNAMENTAL

FAEMA TITULAR – ROBSON TOMAZONI SUPLENTE – VANDERLEI LIÇOLI

SAMAE TITULAR – MARCELO TORRESANI SUPLENTE – ARTUR ULIANO

SECTUR TITULAR – LUIZA HELENA SIQUEIRA BORDA SUPLENTE – ELSON CAMPOS FERREIRA

SEDEC TITULAR – EDSON KESTERING SEFAZ SUPLENTE – IVAN GONÇALO VERGARA

SEDEF TITULAR – JORGE LUIZ HECKERT SUPLENTE – IARA DE SOUZA

SEMASCRI TITULAR – ANA PAULA ISENSSES  SUPLENTE – OSCAR G. GROTMANN FILHO

SEMED TITULAR – CELSO MENEZES    FCB SUPLENTE – SUELI M. VANZUITA PETRY

SEMUS TITULAR – MARIA HELENA MABA   FMD SUPLENTE – SERGIO VIEIRA GALDINO

SEPLAN TITULAR – WALFREDO BALISTIERI SUPLENTE – JONAS E. FRANZ

SEREFH TITULAR – ELIOMAR RUSSI SUPLENTE – ADEMAR NUNES

SESUR TITULAR – BENILDO DELL’AZEN SEMOB SUPLENTE – FRANCINE CARLA MORETTI

SETERB TITULAR – SERGIO VOLTOLINE SUPLENTE – ISAÍAS IZIDORO

SDR – SEC.DES.REGIONAL TITULAR – RAIMUNDO METTE SUPLENTE – CARLOS LANGE

CAIXA- CAIXA ECONÔMICA FEDERAL TITULAR – RÚBIA L. PAPP NUNES

SUPLENTE – GIOVANI R. DALBERTO

B) SOCIEDADE ORGANIZADA E MOVIMENTOS SOCIAIS

ASS. MORADORES LOT. JARDIM MARCIA E RES. ATLANTA  TITULAR – NERI DE FARIAS SUPLENTE – GENESIO BATISTA

ASS. MORADORES LOT. BANDEIRANTES E ADJACENCIAS TITULAR – VALERIO BANBINETI SUPLENTE – SALVIR GENESIO CORREIA

ASS. MORADORES FREI ESTANISLAU SCHAETTE TITULAR – RUTE AGUIAR S. HAEFFENER SUPLENTE – ISOLETE M. GRAHL MEBUS

ASS. MORADORES SANTA TEREZINHA E TRANSVERSAIS TITULAR – JOSÉ L. GASPAR CLERICI SUPLENTE – JOÃO PERA

ASS.DOS CLUBES DE CAÇA E TIRO TITULAR – MOACYR FLOR SUPLENTE – RAQUEL DA S. LINDNER

IDHB – INSTITUTO DR. HERMANN HERING TITULAR – LORIBERTO STAROSKY FILHO SUPLENTE – RODRIGO ALVES

EXITUS DES. E FOMENTO TERCEIRO SETOR TITULAR – WAGNER WILSON P. FRANÇA SUPLENTE – MORAMAI LEANDRO

ABC CICLOVIAS TITULAR – ANA PAULA BESZCYNSKI SUPLENTE – WILBERTO BOOS

ABLUDEF TITULAR – DALVA DAY SUPLENTE – MARCELO R. CAMPOS

ABLUDEF TITULAR – EVANILDE SEVERINO SUPLENTE – TANIA R. MORAES

ENTIDADES ORGANIZAÇÕES DE DIREITOS URBANOS TITULAR – SEM INDICAÇÃO SUPLENTE – SEM INDICAÇÃO

CONS. COM. SEGURANÇA CENTRO/ESCOLA AGRICOLA TITULAR – BERNARDO SCHLINDWEIN SUPLENTE – SALETE SBARDELATTI

ASS.SRAS. ROTARIANAS/CASA DA AMIZADE TITULAR – MARIA LOURDES L. BLOEMER SOC. BENEFICENTE ARNOLDO HADLICH SUPLENTE – OLANDINO SORATO SIMÃO

UNIMED TITULAR – REINALDO CESAR FAGUNDES SECONCI SUPLENTE – MARGARETH VOLLES

C) SINDICATOS PROFISSIONAIS DE CLASSE E ENTIDADES FINANCIADORAS E PRODUTORAS DO ESPAÇO URBANO
SINTEX TITULAR – ULRICH KUHN SIMPEB SUPLENTE – HENRIQUE ISLEB
SINDUSCON TITULAR – JORGE LUIZ STREHL SECOVI SUPLENTE – CARLOS A. T. ROESIENER
SINDICATO DOS TRABALHADORES TITULAR – SEM INDICAÇÃO SUPLENTE – SEM INDICAÇÃO
SINDICATO DOS TRABALHADORES TITULAR – SEM INDICAÇÃO SUPLENTE – SEM INDICAÇÃO
OAB/SC – BLUMENAU TITULAR – WASHINGTON L. G. WENDLER SUPLENTE – NATALINA O. GOBBI
CREA TITULAR – ELGSON CESAR LORENZETTI SUPLENTE – LÊNIO JEREMIAS
CRECI TITULAR – ROBERTO SÉRGIO CUNHA SUPLENTE – SORAYA VASSELAI
OAB/SC – BLUMENAU TITULAR – JÚLIO CESAR SOUZA CRECI SUPLENTE – DIONITO BARDINI
ACIB TITULAR – CARLOS TAVARES DO AMARAL SUPLENTE – CHARLES SCHWANKE
CDL TITULAR – PAULO CESAR LOPES SUPLENTE – HÉLIO ROBERTO RONCÁGLIO
AMPE TITULAR – AMARILDO RAMOS SUPLENTE – CARLOS A. PINTARELLI
ACIB TITULAR – RONALDO BAUMGARTEN CDL SUPLENTE – JURIVAL DA VEIGA
IAB TITULAR – SONIA SUZETE ROESE SUPLENTE – CHRISTIAN KRAMBECK
CONS. DESENVOLVIMENTO ITOUPAVA CENTRAL TITULAR – ADILSON BAHER SUPLENTE – LEONARDO D. MOSER

26/07/2010

* 2010 - 25 DE JULHO X 27 DE JULHO

No domingo dia 25 de julho na catedral da igreja católica de Blumenau aconteceu a missa em homenagem ao DIA DOS MOTORISTAS (25/7) e o DIA DO MOTOCILCISTAS (27/7). A missa foi celebrada pelo padre Célio Ribeiro, que após a celebração foi junto aos motociclistas fazer uma passeata com muitas motos pelo centro de Blumenau.


O jovem Lucas representou todos os motociclistas de Blumenau, em sua moto ficou centrado dentro da igreja durante a celebração da missa.Foi convidado a falar para os motociclistas um representante da SETERB e a presidenta da ABLUDEF stª Maria Helena Mabba.
Maria Helena saudou a todos e palestrou sobre a importância dos motociclistas respeitar as leis de trânsito, pois atualmente a entidade esta recebendo muitos motociclistas para se cadastrar na entidade e somente esse semestre já tem contabilizado 27 óbitos em Blumenau.
Maria Helena comentou sobre o porquê de festejar o dia do motociclista no dia 27 de julho?O dia 27 de julho fora instituído em 1982 para homenagear um motociclista mecânico de motos, que havia falecido em 27 de julho de 1974.
Resolução 285 do Contran, que alterou o processo de habilitação, melhorando a formação dos novos habilitados tanto para automóveis quanto para motocicletas.
Lei nº 12.009, que regulamentou atividade profissional dos motociclistas que atuam em atividade remunerada (entregas e retiradas).
Tem a Lei que obriga os fabricantes de motocicletas a inserirem no veículo a antena corta cerol.
Resolução 350 do Contran, que estabeleceu o conteúdo do curso especializado para motociclistas profissionais (motofretistas e mototaxistas).

Feliz 27 de julho! Feliz dia nacional do motociclista e muitos anos de estradas!

Não ultrapasse a VIDA!   Motociclista, a VIDA é mais que uma corrida!
O termo motociclista, genericamente se enquadra a todos que andam de moto, mas como não conseguimos perder a mania de rotular, acabamos chamando-os de motoqueiros, traieiros, jaspions, estradeiros, harleiros, e outros rótulos, pejorativos ou não.

Na chegada o padre Célio Ribeiro fez uma bênção as motocicletas e motociclistas e deu a cada motociclista um rosário para sua proteção diária.

24/07/2010

* 2010 - GRUPO DE FAMÍLIAS E NÚCLEO DE FAMÍLIAS COM VITIMAS DE TRANSITO DE JULHO

No dia 22 de julho realizou-se na sede da ABLUDEF o 2º encontro do GRUPO DE FAMÍLIAS E NÚCLEO DE FAMÍLIAS COM VITIMAS DE TRANSITO. Foi escolhido como tema do encontro "O Valor das pequenas coisas". Maria Helena Mabba iniciou ás 14horas, deu boas vindas e em seguida apresentou a equipe de trabalho Angela e Dyrce (serviços gerais) , Marivete (psicóloga) Dalva e Tânia (assistentes sociais), Jorge (profº de informática), Delmar e José (motoristas), sendo que cada um contribuiu de alguma maneira para que o encontro fosse um sucesso.
Também foram apresentados os representantes do SETERB , senhor Délcio e a guarda de trânsito representando a escola de trânsito. Ao falar sobre o encontro se colocou a inteira disposição para contribuir com a comunidade.Estarão sempre nos encontros e também poderão agilizar nossas demandas.
Em seguida foi falado sobre o objetivo do grupo, após ler o que já está escrito, Maria Helena comentou aos ouvintes que ainda não temos o OBJETIVO FINAL do GRUPO DE FAMÍLIAS E NÚCLEO DE FAMÍLIAS COM VITIMAS DE TRANSITO, e que nos próximos encontros estaremos finalizando o objetivo . Objetivo do Encontro: “Resgatar as famílias cadastradas na entidade e incentivar as famílias que tiveram perdas em acidentes de trânsito”. Para podermos juntas trabalhar uma maneira de prevenção para que não aja aumento de acidentes no município de Blumenau, causando perdas e deixando jovens com deficiências. Buscar uma forma de educar os jovens no trânsito, divulgar o trabalho de prevenção, em escolas, empresas, associações de moradores, igrejas e observar os locais que não são acessível a todos.
As 14:40 foi passado uma mensagem referente ao tema : VALOR DAS PEQUENAS COISAS , como reflexão do porque estamos participando deste momento, se realmente vale a pena nos deslocarmos de casa numa tarde de baixa temperatura e conversarmos sobre o trânsito de Blumenau. Durante a nossa vida estamos envolvidos por coisas tão pequenas que às vezes não nos damos conta do quanto elas são importantes no nosso dia-a-dia. A cada dia descobrimos coisas que fazem uma grande diferença em nossas vidas.No decorrer de nossa existência estamos envolvidos por coisas tão pequenas, mas tão importantes que sem elas a nossa vida seria incompleta.
Maria Helena fez a narrativa da mensagem, começou a falar das pequenas sete notas musicais ... dó , ré . mi , fá , sol , lá, si que juntas formam sinfonias das mais belas . As pequenas sementes que os pássaros distribuem em suas trajetórias pela florestas em vários locais do planeta. E aos poucos surgem lindas e robustas árvores como a Araucária, a Castanheira . O livro mais importante da humanidade foi escrito letra por letra, tão diferente de hoje quando existem ricos meios de impressão, do qual não demoram mais do que horas para se fazer um livro. As gotas d’água que juntas se formam os oceanos. O que dizer das gigantescas construções se não contássemos com um simples tijolo.
De segundos, minutos, horas, dias... são formados os históricos milênios. Ou seja a cada segundo formamos nossa história, na humanidade.As simples e pequenas nascentes muitas se transformam em belas e violentas cachoeiras. As imensas dunas são formadas por pequenos grãos de areia. Os perfumes concentrados, que como dizem “quanto menor os frasco dos perfumes,  maior serão a concentração destes”.
Para refletirmos “Nós humanos só podemos construir um mundo de paz, de harmonia e amor através de pequenos gestos”, como a compreensão, respeito, sinceridade, ternura, amabilidade( qualidade de quem é amável, atencioso, delicado e gentil) , perdão, misericórdia, altruísmo( pessoa que se abnediga de si mesma em prol de outra pessoa) e a fraternidade ( expressa a dignidade de todos os homens considerados iguais e assegura-lhes plenos direitos sociais, politicos e individuais).
Foi perguntado ao grupo  o que fizeram durante esse dia de “pequenas ações” que ao longo do dia se transformam em “grandes ações”. Um dos presentes ao refletir disse que “o que eu estou aqui hoje fazendo pode ser pequeno, mas sei que se unirmos seremos grandes”. Sabemos que somos um grão de areia, mas que poderemos nos tornar grandes DUNAS, e juntos poderemos montar um grupo que faça a diferença. Se conseguirmos que os representantes legais da cidade nos escutem através de oficios, de movimentos sociais com certeza seremos grandes em nossas ações.

A psicóloga Marivete Gesser deu andamento ao encontro, passamos para a palestra que ministrou sobre os diversos modos de perdas que temos durante a vida, a exemplo do luto, da separação, de mudança para outra cidade etc. Após a palestra foram convidados a fazer um circulo e debater sobre o tema.
15:05 - DEBATE GRANDE GRUPO
Maria Helena perguntou ao GRUPO DE FAMÍLIAS E NÚCLEO DE FAMÍLIAS COM VITIMAS DE TRANSITO, se trouxeram alguma sugestão de como poderemos trabalhar dentro do grupo. Como evitar novas perdas e pessoas com deficiências. Foram distribuído ao grupo pranchetas para escreverem as sugestões,aos poucos muitos discutiram ás leis do município, principalmente sobre pessoas que não estão em condições de dirigir, por estarem embriagadas. Familiares que perderam seus filhos por causa de pessoas embriagadas,disseram que precisam de orientação de como agir perante ao município, a quem procurar pois estão muito desnorteados. Querem montar um grupo de amigos do filho que morreu, para a partir das experiências e sofrimentos que estão vivendo, possam conscientizar outros jovens. Maria Helena como presidente da ABLUDEF e presidenta da CODEPA se colocou a disposição para ajudar e convidou para que esses amigos venham contribuir com o grupo, pois um dos objetivo do grupo é a conscientização da comunidade e assim tentar com ações diminuir tantas vidas ceifadas pela imprudência no trânsito. Convidou todos os presentes para estar dia 28 de julho no debate sobre segurança pública em Blumenau. São esses espaços que nós enquanto cidadãos podemos nos manifestar e assim contribuir com a política do município. Maria Helena como já tinha se manifestado no encontro anterior rep]forçou sua fala “ Nós podemos e devemos fazer alguma coisa pelas crianças, jovens adultos e até por nós mesmos”.




Algumas sugestões feita pela presidenta e pelo grupo serão analisadas pelas profissionais da entidade e  durante o mês estarão sendo encaminhada para os setores de competência.
1) Enviar um ofício para as auto-escolas para que incluam nas aulas teóricas, palestras e tragam pessoas que sofreu acidentes de transito. Falar como se comportar no trânsito.
2) Ser mais rigoroso a lei em relação das pessoas que vão tirar sua carteira de habilitação, ver seu emocional e psicológico, para saber se estão apto a dirigir.
3) Testes mais profundos para tirar a carteira de motorista, ensinar a estacionar, dar sinais corretos, aprender a dirigir a noite.
4) Fazer um documento para DISK...... solicitando que os moto boys, não precisam ganhar por entregas, a pressa está matando-os ....Dando salários mais adequados e assim não haja essa disputa para saber que morre primeiro.
5) Fazer cumprir a lei seca com rigor...
6) Levar este trabalho nas escolas e pedir para ser matéria de aula, provas etc...
Maria Helena e a assistente social Dalva falaram sobre o impacto do encontro anterior, principalmente na mídia, pois todos querem uma solução imediata para o grande aumento que percebemos de acidente em nossa bela cidade, que não muito distante era uma cidade pacata e hoje temos tantos registros de acidentes de trânsito diariamente. Queremos que nossos jovens possam trazer alegrias para a família, pois são jovens que estudam em nossas universidades, mas que muitas vezes seus projetos de vida são bruscamente ceifados . Deixando familiares a deriva do desespero, onde poderiam estar trazendo um diploma e tendo um futuro glorioso fica apenas a lembrança do jovem alegre que foi um dia...
Após o debate foi feito um sorteio para animar o dia, pois o frio no sul chegou muito intenso. A assistente social Dalva sorteou 10 brindes entre eles camisetas , meias, pano de louça pintado e lanches. A equipe multidisciplinar ajudou na entrega dos brindes e em seguida foi passado uma mensagem para finalizar o encontro e foram convidados a tomarem um lanche com um delicioso café com salgadinhos e docinhos.
Enquanto foi passado a mensagem “A COR DA LÁGRIMA” , aproveitamos o momento e entregamos a todos os presentes uma lembrancinha referente ao “DIA DO AMIGO”(20/07) como forma de agradecimento por estarem conosco, neste momento. O próximo encontro será dia 26 de agosto (5ª feira).





20/07/2010

* 2010 - SUBVERSÕES E PERMANÊNCIAS NA VIVÊNCIA DA SEXUALIDADE DE MULHERES COM DEFICIÊNCIA FÍSICA A PARTIR DA MEDIAÇÃO DE UM GRUPO DE APOIO


Trabalho realizado e apresentado pela psicologa da ABLUDEF, Drª Marivete Gesse no Seminário Internacional Fazendo-Gênero 9, em Florianopólis.

Marivete Gesser (Foto)  Adriano Henrique Nuernberg / Maria Juracy Filgueiras Toneli
1 Introdução: Dar visibilidade às experiências relacionadas à vivência da sexualidade de pessoas com deficiência é um ato político, pois possibilita a desnaturalização da ideia de que esse tema não é importante na produção do conhecimento e na atuação profissional nos campos de saúde e educação. Tepper (2000), em seus estudos sobre sexualidade e deficiência, identificou que os temas discutidos publicamente estão predominantemente relacionados ao desvio e ao comportamento inadequado, ao abuso e à vitimização, a assexualização e aos problemas reprodutivos de mulheres e homens, ficando implícito que são ancorados no modelo médico da deficiência. No entanto, a questão do prazer não tem entrado na pauta de discussão.O levantamento realizado junto ao banco de teses e dissertações da Capes por Gesser (2010) indicou que há uma predominância de estudos voltados à reabilitação física e sexual em detrimento de outros voltados à singularidade da experiência da deficiência e suas relações com os determinantes sociais ou com a inclusão social na diversidade. Nesses, a pessoa com deficiência ainda aparece muito mais como objeto de avaliações e intervenções do que como sujeito em sua singularidade e potência de ação. Cabe, portanto, refletir sobre o quanto é preciso avançar no reconhecimento da legítima humanidade desse grupo social, perdida em meio à sua histórica identificação social com o desvio e a patologia.A relevância social de se falar sobre sexualidade e deficiência também é decorrente de a maior parte dos profissionais, inclusive os que trabalham com essa população, não estarem preparados para lidar com as deficiências (e nem com a sexualidade) (SOARES, MOREIRA e MONTEIRO, 2008; SHUM, RODRÍGUEZ e MAYORGA, 2006; MAYS, 2006; NOSEK e HUGHES, 2003; TEPPER, 2000 e THONE, MCCORMICK e CARTY, 1997). Segundo uma pesquisa realizada por Shakespeare e colaboradores (apud SHAKESPEARE, 1998), a falta de habilidade médica em manusear o corpo das pessoas com deficiência traz-lhes um sentimento de vulnerabilidade e de humilhação. Isso contribui para acentuar processos de exclusão social, conforme indicaram Costa (2000) e Dall’Alba (2004).Portanto, destaca-se a necessidade de colocar esse tema na pauta de discussões dos estudos sobre deficiência e de romper com os estereótipos que marginalizam as pessoas com deficiência. Isso porque, de acordo com Shakespeare (1998, p. 204), “o sexo e o amor não têm sido prioridades nem para os estudiosos e nem para os militantes”. A recém aprovada “Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”, contudo, inova nesse aspecto, ao defender os direitos sexuais e reprodutivos desse grupo social, legitimando a concepção aqui proposta.Todavia, para subverter o modelo dominante de produção de conhecimento e de atuação profissional no que se refere às pessoas com deficiência, faz-se necessário contextualizar alguns dos discursos que estão presentes nele e que explicam a sexualidade de pessoas com deficiência. Estes, conforme apresentado abaixo, trazem implicações diferentes na compreensão desta população e no atendimento em saúde e educação prestado a ela.Um discurso ainda bastante presente na configuração da sexualidade na contemporaneidade é o religioso. Nele, a sexualidade é reduzida ao coito vaginal e entendida como algo que somente as pessoas adultas, em idade reprodutiva e que desejam ter filhos devem fazer. Destarte, impera a suspeita de que os deficientes não conseguiriam reproduzir a espécie, e a sexualidade estaria eminentemente associada a esta capacidade (e não ao desejo e ao prazer). Este discurso apresenta-se como um fator limitante do desenvolvimento dos sujeitos com deficiência (DALL’ALBA, 2004; COSTA, 2000).O discurso médico também está muito presente na contemporaneidade. Este, até por volta do final do século XVIII e início do século XIX, considerava como único modelo de sexualidade normal e saudável o heterossexual que se reproduzia no interior do casal e com o intuito de procriar, caracterizando todas as expressões de sexualidade discrepantes desse modelo como patológicas (o prazer sexual era visto como doença ou enfermidade, em vez do pecado, tornando-se um problema médico), pois as pessoas que as apresentaram foram tratadas inclusive mediante o internamento em manicômios psiquiátricos (FOUCAULT, 1988). Já no início do século XX, a partir dos estudos de Kinsey e Masters e Johnson, o prazer foi instituído como expressão da sexualidade “saudável”. A partir de então, emergiu uma crescente atenção sobre o prazer sexual como ênfase na performance sexual e no orgasmo. A resposta sexual normal deveria culminar no orgasmo para não ser caracterizada como desvio sexual (TEPPER, 2000). Shakespeare (1998) aponta que, a partir deste momento, a sexualidade de pessoas com deficiência passou a ser vista como uma tragédia médica sem precedentes decorrente de sua incapacidade física e, em alguns casos, impregnada de uma preocupação de que genes defeituosos viessem a se reproduzir.Contrapondo o discurso médico, que reduz a pessoa com deficiência ao corpo com lesão, emerge, no final dos anos 70, o modelo social da deficiência. Esse modelo teórico compreende a deficiência como uma construção social, decorrente de condições históricas, materiais e políticas que marginalizam e excluem pessoas com deficiência (SMITH e ANDRESEN, 2004; LANG, 2009). No modelo social da deficiência, a sexualidade é entendida como inexoravelmente relacionada às questões de gênero e à deficiência, sendo que a imbricação destas contribui para a configuração uma experiência de opressão e de vulnerabilidades. Além disso, os autores ancorados neste modelo apontam para a necessidade de se romper com os discursos médicos que, de acordo com Tepper (2000), Shakespeare (1998), e Thorne, McCormick e Carty (1997), consideram a deficiência como uma tragédia médica e a sexualidade como uma dimensão não presente nas pessoas com deficiência.Em decorrência da complexidade que o tema deste artigo apresenta por articular sexualidade e deficiência, fez-se uma aproximação da Psicologia Histórico-Cultural de Vygotski (1998), ancorada epistemologicamente no Materialismo Histórico e Dialético de Karl Marx, com autores como Foucault (1988), Laqueur (2001), Scott (1999) e Nicholson (2000), atualmente caracterizados como alinhados ao pós-estruturalismo. Acredita-se que esses autores, apesar das divergências epistemológicas, podem aproximar-se a partir do olhar histórico de um sujeito que não é o da substância, cartesiano, único, indivisível e da razão, do qual todos fazem crítica. Esse sujeito é histórico e intrinsecamente ligado ao seu grupo cultural e às ferramentas de que dispõe.O presente trabalho teve o objetivo caracterizar as mudanças e permanências ocorridas na forma de as mulheres com deficiência física vivenciarem a sexualidade a partir de sua participação em um grupo de mulheres voltado à problematização de questões relacionadas a gênero e deficiência física.

2 Métodos O presente artigo refere-se a um recorte das informações obtidas na pesquisa de doutorado “Gênero, corpo e sexualidade: processos de significação e suas implicações na constituição de mulheres com deficiência física”. A pesquisa teve como objetivo estudar o processo de constituição de mulheres com deficiência física nas dimensões de gênero, corpo e de sexualidade. Os sujeitos da pesquisa foram oito mulheres com deficiência física vinculadas à ABLUDEF – Associação Blumenauense de Deficientes Físicos – e participantes de um grupo de mulheres da entidade, coordenado por um dos autores, que tem como objetivos: a) problematizar a implicação da existência de um padrão dominante de corpo na constituição da mulher com deficiência; b) propiciar discussões acerca de temas como namoro, sexualidade, família e trabalho, e; c) constituir um espaço de troca das experiências destas mulheres nos diversos âmbitos da vida. Esse grupo surgiu no ano de 2004 a partir das necessidades identificadas junto às mulheres e é uma das ações desenvolvidas na ABLUDEF objetivando a inclusão social das pessoas com deficiência física.As informações foram obtidas por meio de entrevistas em profundidade e observação participante e analisadas a partir da técnica de análise de discurso com base em Vygotski (1998 e 2000). A partir da proposta desse autor, destaca-se a importância de investigar os fenômenos presentes no cotidiano a partir do processo que os constituiu e suas relações com os múltiplos determinantes histórico-culturais. As participantes da pesquisa eram predominantemente de religião católica, tendo idades variando entre 24 e 68 anos, sendo 5 de pele branca e 3 pardas. Três delas eram solteiras, uma viúva, uma divorciada e as demais casadas ou em união estável. No que se refere às lesões, uma possuía luxação congênita, duas paralisia infantil, uma paraplegia, uma amputação do membro inferior esquerdo, um doença de crohn, uma hérnia de disco, ostepfitose e osteoporose e por fim, uma possuía limitações motoras do lado direito do corpo devido a um aneurisma cerebral, artrose e alterações degenerativas na coluna vertebral. Os nomes citados neste artigo são fictícios e foram escolhidos pelas próprias participantes.
3 Resultados e discussão: Neste item, expor-se-á brevemente os principais elementos mediadores do processo de constituição da sexualidade nas mulheres entrevistadas. Em seguida, mostrar-se-á as mudanças (e permanências) na forma de vivenciá-la a partir da participação em um grupo de mulheres voltado à discussão das questões de gênero e sexualidade.Um dos discursos que esteve presente no contexto social no qual as mulheres se constituíram como sujeitos, em maior intensidade nas com mais de quarenta e cinco anos, foi o religioso. Esse contribuiu para que as mulheres tivessem receio de conhecer seus corpos bem como buscar informações sobre o tema. Esta concepção de sexualidade apareceu na fala de Fênix, uma senhora de 49 anos, quando abordou sobre o início de seu namoro com o seu atual marido do qual ela teve relacionamento sexual antes do casamento, engravidou e foi nomeada como “vagabunda” pelos familiares dele “Então eu terminei com uns cinco namoradinhos, porque eles só viam sexo. E eu... eu queria me preserva, né? Ai vim pra Blumenau, conheci ele (risos)... cabô rolando, antes d’eu casar. E o meu sogro chegô: - Ah! Porque tu és uma vagabunda...!” A fala de Mônica, uma senhora de 68 anos que é cadeirante devido as limitações motoras decorrentes da paralisia infantil, ao ser inquirida se já teve vontade de realizar práticas auto-eróticas, também evidenciou a mediação desta concepção, conforme depoimento: “Não! [...] eu queria arrumar um namorado para isso aí, mas não dá. Fazer o que? Tudo é cortado, tudo é cortado [pela família]”.Os depoimentos de Fênix e de Mônica, ambas praticantes da religião católica, evidenciam como os discursos morais e religiosos configuram a relação com o corpo e com a sexualidade. A pesquisa realizada por França e Chaves (2005) com mulheres paraplégicas também evidenciou esse fenômeno. Outro fenômeno que apareceu nas falas das informantes foi o da redução das pessoas com deficiência às necessidades de ordem biológica, impedindo-as de ter relacionamentos afetivos. Essa situação ficou evidente no relato de Mônica: “Porque [a mãe e a irmã acham que] a pessoa deficiente não deve namorar, não deve casar, não deve nada. Tendo a cama e a comida, chega! Não precisa mais nada. Não precisa. O deficiente não precisa mais nada, na cabeça das duas”.A crença de que as pessoas sem deficiência podem se “aproveitar” das que possuem uma deficiência, como também a idéia que as pessoas com deficiência são desprovidas de atrativos e de que uma pessoa sem deficiência só se aproxima delas para obter alguma vantagem foram pontos também identificados no processo de análise dos depoimentos da pesquisa. Outra questão bastante presente referiu-se à idéia de que o corpo dissonante (obeso ou deficiente) é menos atraente do que o corpo não deficiente. Essa é reproduzida principalmente pelos discursos médicos e midiáticos por meio do estabelecimento de um padrão de corpo e definição deste como erótico (FONTES, 2007) e pela contribuição para a configuração da significação de que as pessoas que não correspondem a esse padrão de corpo têm menos valor no “mercado” afetivo e matrimonial.As questões de gênero, por meio do estabelecimento de lugares cristalizados a homens e mulheres, atribuindo à mulher o lugar de frágil, dócil, meiga, dependente e submissa, também estiveram presentes no contexto social no qual as entrevistadas se constituíram e contribuíram para a naturalização de situações de violência sexual vivenciadas por algumas entrevistadas. Nesse bojo, parece operar a lógica da dupla marginalização, sendo gênero e deficiência categorias que se atravessam na produção dos corpos destas mulheres.Outra questão importante refere-se ao discurso médico que reduz a sexualidade a um padrão de resposta único que deve sempre ocorrer nas relações sexuais e que foi apropriado por algumas das participantes da pesquisa. A dor e as limitações de mobilidade decorrentes da deficiência foram elementos presentes na história de algumas entrevistas e mediadores da constituição da sexualidade. A imbricação desses elementos contribuiu para a configuração de uma situação de vulnerabilidade nos relacionamentos sexuais. No entanto, as informações obtidas por meio da pesquisa evidenciaram que não há como estabelecer uma relação causa-efeito, colocando-as na posição de vítimas de uma tragédia sem precedentes. A história da vida sexual das entrevistadas mostrou que a configuração desse processo envolve rupturas e permanências com o que é instituído socialmente a elas sendo que estas foram evidenciadas, por exemplo, na análise da questão do prazer.A questão do prazer evidenciou a processualidade da configuração do fenômeno sexualidade. As informações obtidas na pesquisa evidenciam que, embora as mulheres pensassem as questões relacionadas à sexualidade a partir de um modelo heteronormativo, elas predominantemente explicitaram que sentem desejo e necessidade de ter prazer. Da mesma forma, não compartilharam dos discursos cotidianos que tentaram infantilizá-las e colocá-las em uma posição de assexuadas, buscando relacionamentos afetivos, inclusive com pessoas sem deficiência, questão já identificada nos estudos de autores como Shakespeare (1998). Essa questão foi evidenciada, por exemplo, por Magali, que é deficiente desde a infância e que teve duas experiências de relacionamentos em que tinha relações sexuais (uma que durou dez anos e a outra, três meses). Ela relatou que sentia tão capaz de ter relações sexuais como qualquer outra mulher e que a única diferença era a de que ela não andava. “Por que eu acho assim, o que você tem... eu também tenho a mesma coisa. Só eu não ando né? Entendeu. Por que eu acho assim, eu, no meu ver, no meu sentir, no meu sentimento, eu acho assim, eu sinto vontade, né? Você sabe né?” (Magali).Além disso, nem sempre a sexualidade foi reduzida ao coito e a reprodução, posto que algumas entrevistadas trouxeram, em seus relatos, as múltiplas possibilidades de obtenção de prazer dentro ou fora de um relacionamento conjugal bem como situações em que sentiram desejo de estabelecer relacionamentos sexuais com pessoas que nem sempre eram seus parceiros fixos, o que ratifica o preceito Foucaultiano (1988) de que a sexualidade é polimorfa, cambiante e sem objeto de desejo definido. Segue depoimento que revela esse processo ocorrendo juntamente com a mediação da moralidade cristã:Fênix: (risos). Parece uma coisa de doido, sabe? Um cara veio mora na rua, eu fui na casa dele, na mãe dele, né? Ela é minha amiga. Ele chegou lá assim, deu uma piscada (...) ai! Aí eu tinha uma vontade de ficá ali, sabe? [...] Sabe, se eu pudesse troca na época eu trocava o meu marido. [risos]. Sei que não deve, mas é. Sei que nunca houve assim uma atração por ele tudo bobeirinha, é só... só...Ao longo de suas histórias, em mediação com o grupo de mulheres da ABLUDEF, algumas participantes conseguiram ressignificar a sexualidade, criando novas formas de pensar, sentir e agir no que se refere a essa questão e, por meio desta mudança, sentirem mais prazer. Vale destacar o depoimento de Fênix: “Ah, se eu vou ser franca, eu era mulher que o sexo era só papai e mamãe, né? Agora não, agora vale posições, né? As coisas que eu nunca pensei na minha vida em fazer, né? [...] Porque o sexo entre quatro paredes como diz, faz o que vier na cabeça”.Para Fênix, o sexo pode ser vivenciado de múltiplas formas e de acordo com as possibilidades de cada um evidenciando um processo de transcendência do discurso médico que, de acordo com Shakespeare (1998), reduz o sexo ao coito vaginal, ao ciclo de resposta sexual e a reprodução. Segundo a entrevistada, o coito pênis-vagina não é o mais importante em uma relação e o prazer também pode ser sentido de outras formas, por exemplo, pelo toque. Segue depoimento acerca de quando foi questionada sobre o significado do namoro para ela.Fênix: Eu acho muito lindo. Porque não é a deficiência que vai impedi-lo acerca de [...] se tivé o coito, o sexo [...] ou não [...]. O importante é porque como disse uma pessoa, um toque é [...] é o sexo pra algumas pessoas, né? Não é o coito ou um [...] Ou o gozar ou né? [...] Mas sim a convivência, o amor. [...] Tem o amor de [...] o amor Ágatos [...] e o amor né? Então, tem que tê tudo isso, porque o amor [é] fraterno, né? Então, você tem que amar. Não importa de que maneira. Lá nós temos casais que já vivem juntos há anos, casaram, né?Embora o depoimento de Fênix ainda exalte a idéia de amor fraternal entre os cônjuges, ele é subversivo no sentido de transcender o discurso médico que entende a deficiência como uma tragédia pessoal e o deficiente como assexuado por não responder a um ciclo de resposta sexual padronizado.Outra questão importante de se dar visibilidade é a do namoro como uma oportunidade para experienciar sensações de prazer. Nessa questão, o depoimento de Magali contribui para pensar o quanto é possível a uma pessoa com deficiência ter uma vida sexual ativa e o quanto que isso pode contribuir para que se desnaturalize possíveis situações de violências experienciadas no cotidiano, como a de ser tratada como um objeto cuja finalidade é somente a de o outro obter prazer. O depoimento também mostra o quanto que a experienciação da sexualidade gera oportunidade de ampliar o desenvolvimento nesta questão, sendo potencializadora do sujeito. Vejamos:Magali: É, eu acho assim né? Mais é. É porque ele [ex-marido] fazia, vou fala assim né? Ele fazia, mas não... não chegava onde eu queria entendeu? [...] Então, era só pá pum e deu, né? Acabou né? Só servia pra ele, pra mim nada, né? [...] Magali: Então, eu me sentia assim... Meu Deus! Parece que eu sô um pano de chão, usa vira e vira do lado e deu né? [...] Ai depois que eu arrumei esse namorado. [...] foi muito bom sabe? [...]. Daí eu vi que eu [...] que eu tinha vontade. [...] Eu tinha prazer naquilo, sabe? [...] Que eu pensava que eu não tinha, né? [...] Então, eu pensava [...] não agora sim eu vi que eu... que eu sinto prazer, tenho uma coisa dentro de mim né, um fogo né? Que nem se diz, né? (risos). Um fogo que né... Tanto que, às vezes, eu falo: - Meu Deus do céu! Preciso arruma um namorado senão eu vou enlouquecer. (risos). Os depoimentos de Magali e de Fênix também evidenciaram que é possível superar a idéia relacionada à sexualidade das mulheres com deficiência que, segundo Saxton e Home (apud SHAKESPEARE, 1998) é representada de forma negativa e passiva, sendo comum que elas sejam contempladas em dois extremos: por um lado como dignas de lástima por uma tragédia sem sentido e, por outro, como seres que inspiram sentimentos quase elevados de santidade. Elas também ressignificaram, por meio da participação do grupo de mulheres da ABLUDEF, a concepção predominante identificada na pesquisa de França e Chaves (2005) do discurso das mulheres entrevistadas pelas autoras, de que o prazer serve somente para a reprodução. Magali nunca teve interesse em ter filhos, mas se reconhece como sujeito de desejo e sente necessidade de ter relações sexuais para sentir prazer. Acredita-se que dar visibilidade à erotização e às necessidades sexuais do corpo deficiente é de grande relevância para esse público. Colocar em pauta a questão dos direitos sexuais e reprodutivos às pessoas com deficiência, já garantidos pela Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência em seus artigos Art. 6 e Art. 23, se necessário pelo fato de estes, ao contrário do que se pensa no senso comum, não serem neutros e sem desejo. A pesquisa evidenciou que tanto as experiências de namoro como o acesso a informações livres de preconceitos sobre sexualidade potencializam a autonomia e busca de novas sensações de prazer e identificação de possíveis abusos que muitas vezes foram naturalizados por marcadores de gênero. Todavia, é necessário romper tanto com as concepções moral-religiosa e da sexologia tradicional como também com os demais mitos relacionados à sexualidade da pessoa com deficiência como os de que eles são dignos de piedade, não sentem desejo e o de que dificilmente alguém vai se aproximar de alguém com deficiência com outra intenção diferente da de se aproveitar. Além disso, as informações e a socialização das experiências em grupos de reflexão como o Grupo de Mulheres no qual elas participaram contribuíram significativamente para romper com alguns estereótipos relacionados ao tema, embora o contexto continuasse a colocar limites ao exercício dos direitos sexuais e reprodutivos preconizados pela Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.
4 Referências
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17/07/2010

* 2010 – I SEMINÁRIO DA ABLUDEF SOBRE MASCULINIDADE, DEFICIENCIA FISICA E CIDADANIA

FOTO: Carla Trentin, Sueli Terezinha Mathioni , Dalva Day , Leori Toscamino Binello , Maria Helena e Marivete Gesser

No dia 15 de julho as 9:30, numa manhã de temperatura baixíssima, oscilando os ponteiros entre 9 á 10 graus e com chuva, estiveram presente 48 homens com deficiência para assistir e participar na ABLUDEF do I SEMINÁRIO SOBRE MASCULINIDADE, DEFICIENCIA FISICA E CIDADANIA.O seminário foi realizado nas dependência da entidade, por ser um local totalmente adaptado para os homens associados.
A abertura do seminário foi realizada pela vice-presidente Evanilda Severino, colaborando com a presidenta Maria Helena Mabba por ela estar participando no momento do programa da RBS “Jornal do Almoço”. Juntamente com as coordenadoras do evento a assistente social Dalva Day e a psicóloga Marivete Gesser iniciaram o seminário. O primeiro palestrante foi o senhor Mauricio Pfiffer, educador na área de esporte. Atualmente faz trabalho com o grupo de pessoas com deficiência no basquete em cadeira de rodas da ABLUDEF “Superação sobre Rodas”.
Maurício palestrou sobre a importância de participarem no esporte, mostrou que trabalha com pessoas com deficiência visual da associação ACEVALI e que na ABLUDEF pretende fazer um trabalho na área de esporte, para posteriormente poderem participar de eventos e poderem trazer medalhas nos jogos como o recente evento o V PARAJASC. Esse ano apenas 6 pessoas da ABLUDEF participaram deste evento, e trouxeram medalha no Xadrez (Cleverton) , no atletismo(Alexandre Correia) e no jogos de mesa (Alexandre Wassermann) .
Os associados masculino ficaram bem interessados, muitos opinaram sobre o esporte, mostrando que as maiores dificuldades é a acessibilidade nos locais para treinar e principalmente o transporte para chegar aos locais. Alguns têm dificuldade de treinar e participar dos campeonatos, pois ainda trabalham. Mas o educador esportivo prometeu estudar maneiras de contornar as dificuldades e dar condições do grupo poder participar de campeonatos internos. O importante é todos terem noções da importância do esporte, pois como frizou a assistente social “esporte é saúde”, e devemos unir e trazer algumas sugestões, pois o importante é todos estarem unidos e com certeza as dificuldades serão apenas obstáculos passageiros.
As 12horas todos os homens foram convidados a sentarem em redor das mesas preparadas com carinho pela equipe ABLUDEF, com toalhas azuis e foram contemplados com risotos, batatas palhas, saladas e refrigerantes. Alguns estavam constrangidos, pois eram recebidos com carinho pelas voluntárias e servidos, não estando acostumados com o evento do “DIA DO HOMEM”.
Ao iniciar os trabalhos da tarde, ouve um contratempo que serviu para alertar aos “homens” do seminário. Um dos idosos presentes sentiu-se mal durante o evento e prontamente os palestrantes enfermeiros (as) prestaram os primeiros socorros a ele e vendo da gravidade da situação ligaram para 192 o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ) que com rapidez foi até a entidade e prontamente fez o atendimento, levando o idoso até o hospital Santa Isabel, por precaução após verem em seu cadastro como associado o seu histórico cardíaco. Enquanto assistente social da ABLUDEF já presenciei a equipe do SAMU, por diversas vezes atenderam rapidamente nossos chamados, com presteza, rapidez e dedicação.
A tarde houve a continuidade do I SEMINÁRIO SOBRE MASCULINIDADE, DEFICIENCIA FISICA E CIDADANIA . Maria Helena Mabba presidente da abludef fez a abertura e pediu que todos prestassem atenção as palestra e deixando que a equipe do SAMU atentessem o idoso pois estava em mãos de pessoas capacitadas para atende-lo, a assistente social convidou a psicologa Drª Marivete Gesser a palestrar sobre “Deficiencia física, saúde e Cidadania: os desafios da inclusão”. Marivete falou sobre a importancia do espaço que hoje os associados da ABLUDEF desfrutam, da necessidade deles conhecerem seus direitos e deveres, os movimentos sociais e politicos, e principalmente da necessidade dos homen nestes espaços mostrar suas necessidades, se abrirem para que os profissionais possam estar de alguma maneira ajudando-os. Esse é o papel primordial da entidade, dar acesso as politicas sociais do municipios, como habitação, saúde, mercado de trabalho, as assistente socias da ABLUDEF estão para auxiliar-los mas para isso terão que ir conversar com elas .
A palestra que realmente mexeu com os homens foi sobre a saúde do homem, cuidados voltado á melhoria de vida para pessoas com limitações de movimentos como (prevenção de escaras, autocaterismo, prevenção de infecção urinária e cuidados relacionados á incontinencia urínaria) que os enfermeiros do Ambulátorio geral do Garcia, srº Leori Toscamino Binello e Sueli Terezinha Mathioni realizaram. Esse assunto teve muitas perguntas que por muitas vezes esses associados que passam por constrangimento, pois estão na condição de cadeirante e os profissionais da saúde tem dificuldades de explicar. Na palestra puderam tirar dúvidas e também dar sugestões e com isso todos puderam aprender e ensinar, a somátoria do conteúdo foi benefica a todos, pois além dos temas descritos, também falou-se sobre cancer de próstata e de mama masculina.
Maria Helena Mabba agradeceu as explicações que seus colegas de trabalho vieram contribuir com o seminário do homem, já oferecendo o espaço da entidade para novas palestras referente a saúde. Em contrapartida seus colegas puderam ver como Maria Helena Mabba que tem suas limitações, (poliomielite) e no espaço da ABLUDEF é uma gigante no comando da entidade, atua como presidente quase quatorze anos, administrando e representando perto de 1500 associados. Agradeceram pelo espaço que ela gentilmente deu aos dois profissionais e com certeza estarão conosco em outras oportunidades.
A palestrante convidada para falar sobre sonda e plug anal foi Carla Trentin, enfermeira estomaterapeuta e assessora técnica da COLOPLAST, que gentilmente veio de Florianópolis para mostrar sobre o que vem a ser o plug anal e qual a função dele para o bem estar das pessoas com deficiência.
PLUG ANAL é um dispositivo do tamanho de um supositório e feito de uma espuma suave e confortável comprimida por uma película hidrossolúvel que se dissolve quando exposto ao calor e à umidade natural do reto. Plug Anal se mantém no lugar durante todo o tempo de uso, despreocupando o usuário de evacuações e odores involuntários, proporcionando uma grande vantagem, pois devolve a sensação de continência, trazendo assim, grande benefício na qualidade de vida. Sentindo-se mais confiante, seguro e confortável o usuário pode desempenhar normalmente suas atividades diárias de trabalho e lazer, melhorando sua auto-estima e trazendo-o de volta ao convívio social. Com certeza os usuários que dela necessitam foi de muita ajuda a explicação da Carla Trentini.
Maria Helena Mabba agradeceu a Carla Trentini , recebemos duas caixas de plug anal (01 como doação  do advogado João Sando Paolin e 01 compramos) e estaremos disponibilizando ao associado que realmente necessitem. As assistentes sociais estarão fazendo a entrega após avaliação da necessidade do uso. Temos pessoas que tem o perfil para utilizar e que ficam restritos em seus lares por causa de evacuações e odores involuntários,constrangendo-os em locais público.
Além dos homens associados , recebemos convidados masculinos e  uma equipe de jovens do Colégio E.E.B.Profº João Wickemann do 2º ano do ensino médio, Jéssica, Luana. Caroline e Daiara, que estarão fazendo trabalho escolar sobre as necessidades dos deficientes físicos como na área do transporte, acenssibilidade e outros. Também recebemos a aluna de fisioterapia Maiara e os jovens Bruna e Henrique para fazerem trabalhos escolares sobre deficiência.
A ABLUDEF sempre atende os jovens em fase escolar para que possam estar fazendo seus TCC e trabalhos diversos sobre acessibilidade e outros, pois assim estará garantindo futuros profissionais que possam estar contribuindo com a comunidade e dando atenção maior aos espaços público na questão de acessibilidade. Com esse acesso teremos engenheiros, médicos, dentistas, motoristas e outros com mais senssibilidade as dificuldades que as pessoas com deficiência tem em ultrapassar as barreiras arquitetonicas e assim teremos a certeza que no futuro as cidades serão mais humanas, hoje o Brasil está com uma população de 24,5% de pessoas com deficiência e uma grande parcela de pessoas com mais de 60 anos.
Após as palestras foi feitoaos presentes duas perguntas sobre os temas que foram abordados durante o dia.
1. Quais as principais dificuldades vivenciadas cotidianamente pelos homens com deficiencia física?
Pedir ajuda - Conquistar namorada – Locomoção - Constrangimento - Horários de onibus - Acessibilidade urbana - Banheiros adaptados – Habitação - Atendimento preferencial - Restaurante adaptados - Lazer (falt5a de opções) - Rampas
2. O que podemos fazer para romper com essas dificuldades e promover a inclusão?
União de forças - Assembléias, movimentos politicos - Serem ouvidos - Providências moradis adaptadas - Reconhecimento e respeito social - Fazer cumprir as leis .
A equipe multidiciplinar da ABLUDEF irá a partir deste I seminário comfrontar as necessidades tanto da parte feminina quanto da masculnina e dentro desta analise final estará realizando encaminhamentos e discussões em pequenos grupos para posteriormente encaminhar para um FORÚM ou até mesmo Congresso para a pessoa com deficiência, nada melhor que o próprio deficiente colocar no papel suas dificuldades e seus anseios, sendo que a ABLUDEF é um espaço de luta constante e sua missão primordial e de possibilitar, promover e articular ações, em conjunto com o poder público e comunidade, que visem oportunizar o desenvolvimento da autonomia, a reabilitação e a inclusão social,assim como de combate a discriminação e preconceito das pessoas com deficiencia física.
Maria Helena Mabba ao longo da semana esteve a frente da coordenação do encontro, sempre ativa e atenta aos minimos detalhes, sendo que o I seminario da ABLUDEF feminino realizado no mês de maio, em nada perdeu em beleza e conteudo do I seminário masculino da ABLUDEF. Foram entregue alguns “mimos” referente ao “DIA DO HOMEM”, cada participante ganhou 01 camiseta azul, seu sabonete artesanal azul, muitos brindes como meias, cuecas, perfume, creme de barbear,camisetas e outros. Tivemos a parceria nas doações dos produtos da AVON, NATURA, LOJÃO MONTE LIBANO, SUELI MOHR, COBIÇA MODAS. Os meios de comunicação também foram parceiros na divulgação, sendo que a nota do evento encaminhado pela asssessora de imprensa voluntaria Louisiana Waleska Day, fez uma divulgação tanto no municipio, quanto ao estado . Agradecemos a todos pois sem essa parceria, todo o esforço da equipe multidiciplinar se torna prejudicada. O conjunto é que faz o TODO.
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